“Tenho-me esforçado por não rir das ações humanas, por não deplorá-las nem odiá-las, mas por compreendê-las.”
Bento de Espinosa. Filosofo

"rapadura é doce mas, no entanto, não é soft and crispy"

Francisco Bruza Espinosa , Desbravador da Bahia
"Olá Leitores, Muitissimo Boa Noite, Tarde ou Manhã. Vamos dar inicio a nosso teatro de palavras, Motivados pelo nada e patrocinados pelo tudo, inclusive por sua Tia."

Tenham um bom voo

Lucas Et Cetera Proa


Magalomania é um transtorno psicológico no qual o doente tem ilusões de ser Sidney Magal, em carne e osso!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Ampola Cultural e Vernissage anabolítico. parte 1/2

Fármacos, remédios, xaropes, drogas, formulas, químicos, ampolas. Variações substantivas dos produtos da industria farmacêutica. Essa que tem os lucros de doer e lobbyistas famigerados, também investe mais em dor-de-cabeça do que em malaria. Bom pelo menos é o que andam falando por ai. Prozac cura, maconha mata, isso em termos econômicos, digo com enfase estritamente mercadológica, mesmo porque de louco tenho muito e de médico muito pouco. Um se engorda gordos e outro arma pobres, evidentemente um contrasenso social indesejável. Mas, saindo do clichê e procurando nuances literárias mais a la um Leônidas da silva das letras, insisto que droga é droga , e o nome já diz, pois se droga não o fosse, droga não o seria. O que importa mesmo é se é droga da boa. É o caso, por exemplo, do jazz, que estimula e vicia, mas corrobora para o aparecimento de hematomas se o usuário, recreativo ou dependente, tentar montar um quarteto de Be-Bop com as panelas da sua mãe. Já o Axé music acredita-se apenas matar, apesar de haver divergências, quanto aos efeitos cerebrais, dizem, os estudiosos, que não se pode determinar os seus revezes, pois os ingressantes nessa droga são , na sua grande maioria, acéfalos.

Antes de tudo, queria dizer que sou conservador o suficiente para ser grato a todas as farmácias, farmacêuticos e cientistas malucos que vem contribuindo ao desenvolvimento da sociedade por meio de pesquisas e de testes medicamentosos na africa. Eu que já estava descrente após o fracasso da vacina anti-ignorância,que apesar de sucessivos testes na Marta Suplicy mostrou-se ineficiente visto que ela continuou fervorosa a sua crença de que a solução para o transito de São Paulo é o gozo ao volante, me surpreendi com a novíssima Injeção de cultura. Essa nova droga foi desenvolvida pela joint-venture entre a Bayer e a corte austríaca da nobreza, onde colocaram toda a enciclopédia britânica, Dostoievsk, Freud e algumas citações de lorde Byron em uma ampola de 30ml . Sucesso mais que absoluto na nata pseudo-intelectual dos jornalistas. Agora não precisam mais inventar coisas nem copiar do Wikipédia.

No entanto, apesar de toda tecnologia e segurança industrial, semana passada saiu na imprensa um raro caso de troca de medicamentos, o que nos mostra como pode ser perigoso qualquer falha no processo produtivo da industria da saúde. O artigo conta que Junior, um rapaz trabalhador, sofreu danos irreparáveis a sua saúde física e a sua forma mental, quando ao invés de lhe aplicarem ,o anti-anêmico e estimulante, DECA foi por engano injetado Cultura:

Junior, 25 anos, ou Pitombo como os amigos os chamavam, que foi vítima de um erro farmacêutico, levava um vida super saudável de um jovem carioca. Gostava de futevôlei, academia, boates e de academia. Trabalhava em uma loja de surf no shopping 8 horas por dia e as outras oito restantes passava dentro da academia revesando entre Jiu, musculação, e musculação e Jiu. O Esforçado e determinado, pitombo, tinha acabado de comprar os últimos gadgets para os seu Gol Tunado, que alias era sempre a sensação na porta de qualquer balada. Se era sucessos no Funkneurotico.net, a caranga do pitombo tocava pra GERAL PIRAR. Testemunhas confirmação que definitivamente a cachorrada fritava no som, de trocentosbeis de potencia, ao associarem a audição ao uso de balinhas. O que rendia boas oportunidades de procriação para Junior e seus brother do açai, que coincidentemente também eram os brother do JIU e da academia. E se tinha uma coisa que Junior era bom, melhor dizendo, se tinha uma coisa que Pitombo era MAL, era com a mulherada. Dominava todas. “Todas não”, costumava frizar, “Só as com pedigree”. Puxava pela cabelo e sensualmente dizia “Gata, essa é a sua única oportunidade de ter esse corpo definido penetrando em você”. Já quando ocorria ocasionais insucessos quanto a qualidade e rigidez sexual eram resolvidos com um substituto de plástico, sem problemas. E para alegria tanto das meninas quanto dele, sempre escondia um numa lata de mega mass.

Junior não levava desaforo pra casa. Um esbarram nele na balada era motivo de encrenca. Aqueles que dizem que anabolizante só incha e não deixa forte eram os mesmo que se borravam de medo de ver o Junão. Ele era forte e sabia disso, tanto sabia, que tinha uma corrente de prata de 5kg no pescoço. E vale ressaltar aqui que Pitombo não era narcisista, apenas gostava de botar medo em que entrasse em seu orkut:


“ about me:

Pitboy que é Pitboy toma açaí no inverno.
Pitboy que é Pitboy não sai sem seus brothers.
Pitboy que é Pitboy não foge do combate.
Pitboy que é Pitboy sabe dominar uma Mulher.
Pitboy que é Pitboy opta pelo Jiu Jitsu.

Sem mais...

Se tentar vai ficar arriado!

Copia mané, vai lá, copia que eu sei que você quer.



Mas isso foi antes.

3 comentários:

Erika Genovesi disse...

Muitooo bom o texto!
Vc. sempre me deixa com a vontade de saber o que vem depois.....termina logo!!! rsss
Bjão

Maíra disse...

ainda tenho esperança na vacina anti-ignorância...

Maíra disse...

ah, e leia a bula sempre . Fica ai a dica...

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